Criar um gateway vai muito além de só “mandar o valor para API e receber OK”, existem camadas técnicas, compatibilidades, testes de checkout e uma fila de dores de cabeça que só existem porque cada loja usa o WooCommerce de um jeito diferente. Neste artigo vou detalhar de forma simples todo o processo para o desenvolvimento de um plugin de gateway para WooCommerce.
Análise da API
Antes de abrir o editor de código é preciso entender a API da fintech. Cada empresa tem sua forma de autenticação, envio de dados e retorno de status. Algumas usam token simples, outras exigem OAuth, algumas pedem apenas valor e outras querem CPF, CEP, IP do cliente e até cor da meia.
Aqui vemos:
- como enviar o pedido
- como receber a resposta
- como validar o pagamento
- se há split, reembolso, taxas ou webhook
- regras de segurança obrigatórias
Sem essa leitura, qualquer código é chute. A API dita todas as regras do gateway.
Levantar as metas e caminhos de integração
O WooCommerce aceita vários tipos de checkout e isso define como o gateway deve ser construído. Não existe “uma forma certa”, mas sim o que a loja do cliente já usa. Um bom gateway precisa ser compatível com:
| Checkout | Situação |
|---|---|
| Blocks (novo padrão) | API diferente, usa React |
| WooCommerce padrão (template antigo) | PHP clássico |
| Checkout Elementor | Exige hooks extras |
| Button checkout | Forma reduzida de pagamento |
| Fluid Checkout | Checkout optimizado com JS próprio |
| One page checkout | Compra em uma só tela |
Antes de programar é preciso definir quais modelos o gateway vai suportar. Quanto mais compatível… mais trabalhoso será.
Código fonte do gateway
Aqui entramos nas funções essenciais. O WooCommerce tem uma classe principal chamada WC_Payment_Gateway e é por ela que iniciamos tudo: nome do gateway, campos de configuração, ativação e método de pagamento. Depois, usamos hooks como:
woocommerce_payment_gatewayspara registrar o pluginprocess_payment()para enviar o pedido para APIpayment_fields()para mostrar o formulário no checkoutwoocommerce_thankyoupara tratar o retorno após o pagamento
Tudo isso aparece nos detalhes inicias da documentação WooCommerce mas também podemos extender classes do próprio WordPress e usar por exemplo wp_remote_post(), filtros de sanitização, validação de cartão ou CPF e scripts JS para checkout transparente. O core do gateway vive aqui.
Controle do administrador
O lado do administrador é tão importante quanto o checkout. Se não houver boa estrutura de testes, o suporte vira pesadelo. Um bom gateway precisa ter:
- painel de testes de API/tokens
- campo de ambiente sandbox/produção
- opção para ativar debug log
- endpoint para webhook
- página de logs dentro do WooCommerce
- verificação de chave inválida
- bloqueio de repetição de pagamento
No admin também usamos classes e hooks como:
init_form_fields()para criar os campos na telaprocess_admin_options()para salvar as configuraçõesWC_Logger()para registrar errosadmin_noticespara avisos no painelwp_schedule_event()para monitoramento automático
Esse lado faz o gateway ser confiável e fácil de manter.
Conclusão
Criar um gateway de pagamento não é apenas conectar API ao WooCommerce. É pensar nas compatibilidades de checkout, na segurança, no suporte ao administrador e na experiência do cliente final. Um gateway bem feito vira solução profissional. Um gateway feito às pressas vira ticket de suporte eterno.
Esse é o caminho real de quem quer integrar uma fintech dentro do WooCommerce com qualidade de mercado, caso precise de ajuda de um profissional entre em contato pelo Whatsapp e faça seu orçamento de integração com sua fintech de pagamentos, já publicamos na loja oficial plugins como o Pagou e Global Pays com centenas de downloads.